As serpentes são seres vivos que muito sofrem na mão dos seres humanos por causa do medo natural que temos delas, de nos picar, podendo levar-nos até mesmo a óbito. Mas este intrincado preconceito que temos por esses répteis pode tornar-se algo prejudicial para ambas às partes (elas e nós), pois como parte de um mesmo sistema, a vida, a natureza e suas teias alimentares, somos interdependentes a fim de manter um equilíbrio natural há muito ameaçado.
Devido ao distanciamento que preferimos ter destas espécies de cobras, nos negamos a conhecê-las biologicamente e com isto perdemos a oportunidade de estudá-las e desvendar suas particularidades e possíveis contribuições, para o mundo em geral e especificamente para o equilíbrio trófico tão delicado.
Este Artigo de fundamental importância tem, portanto este merecedor objetivo, o de nos trazer um conhecimento um pouco mais aprofundado sobre a cobra-coral (Erythrolamprus aesculapii): sua distribuição geográfica (da Amazônia ao sul do Brasil); condições ideais; alimentação; e nos colocar a par de sua reprodução.
Uma das características importantemente observadas foi o caso da região sudeste do Brasil, que por estar situada em região tropical, sofre com a zonalidade no
Coral se alimentando de um rato |
regime de chuvas e temperatura (NIMER 1989). Porém, esta sazonalidade não
impede que E. aesculapii se reproduza ao longo de todo ano. Apesar da reprodução
ser contínua existe uma aparente queda na taxa de vitelogênese (produção ativa e acúmulo de proteínas da gema de ovo nos ovócitos de não-mamíferos) durante o período seco, pois os folículos apresentam menor tamanho durante esta época. É possível que isto seja consequência das temperaturas mais baixas nesta época do ano na região sudeste (NlMER 1989). Baixas temperaturas implicam em menor taxa metabólica das serpentes (LILLYWHITE 1987), o que provavelmente diminui a taxa de vitelogênese.
Fica, portanto a mensagem para a preservação e quem sabe novos estudos e pesquisas na área, procurando sempre uma maior e equilibrada interação homem-natureza, lembrando que o tempo é curto e que demoras não podem acontecer.
Fonte: BIOLOGIA REPRODUTIVA DA COBRA-CORAL ERYTHROLAMPRUS
AESCULAPII LlNNAEUS (COLUBRIDAE), NO SUDESTE DO BRASIL - Otavio A.V. Marques.
Gostei muito de sua postagem Guilherme! A falta de informação é o principal causador desta empatia aos ofídios.
ResponderExcluirNa maioria das vezes pessoas quando se deparam com serpentes às matam por pensarem que são animais agressivos que podem ameaçá-las, assim se esquecem da grande importância que as mesmas possuem, como o controle de pragas.
"Nem tudo que parece é"
ResponderExcluirComo é bom ter a mão informações objetivas e esclarecedoras sobre um assunto não muito bem aceito pela comunidade geral...
Parabéns pelo tema...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÉ um tema interessante, pois assim, faz com que as pessoas vejam os ofídeos com outros olhos e entendam que estes têm sua importância.
ResponderExcluiressa postagem é muito importante para conscientização das pessoas, pois a falta de informação acaba acarretando na morte de muitos animais, e num consequente desequilíbrio da natureza.
ResponderExcluirMuito importante essa postagem. Acho que ela ajuda a mostrar o "outro lado da história" e acabar com certas crenças.
ResponderExcluirÉ muito bom ter informações como essa, pois conscientiza-nos sobre a importancia desses animais em nosso meio.
ResponderExcluirRute Vilela - 13 A