Uma Breve História dos Antibióticos
Desde o seu surgimento, a raça humana (e qualquer outra espécie que viva nesse planeta) sofre com microorganismos e as doenças causadas por eles. Independentemente disto, sobrevivemos até hoje.
Nas últimos décadas, presenciamos inúmeros avanços na saúde que se refletiram em qualidade de vida para a população. Sem dúvidas, um dos avanços mais importantes para a Medicina nos últimos cem anos foi a descoberta dos antibióticos. Um antibiótico é uma substância bioquímica capaz de matar microorganismos ou de afetar seu metabolismo e reprodução.
Porém, devido ao uso incorreto ou por pura negligência médica, esse tipo de tratamento pode estar com os dias contados.
Primeiramente, vamos conhecer de forma breve a história dos antibióticos,suas características e ações no organismo.
LINHA DO TEMPO – ANTIBIÓTICOS E DESCOBERTAS RELACIONADAS
DESCOBERTAS RELACIONADAS
Paul Ehrlich (1854 - 1915): Desenvolveu o conceito de toxicidade seletiva, indicando que determinado agente exibia uma ação danosa aos microrganismos, sem afetar as células do hospedeiro. Tal conceito tem importante reflexo prático, pois indica se um agente pode, teoricamente, ser útil no tratamento de doenças infecciosas.
1904 - Uso prático do vermelho de tripan, composto ativo contra o tripanossoma que causava a doença africana do sono.
Ehrlich & Hata: realização de testes com compostos arsenicais, em coelhos com sífilis. Descobriram que o composto 606, arsfenamida, era ativo. Em 1910, foi lançado o medicamento Salvarsan (nome comercial da arsfenamida), para o tratamento da sífilis.
1927 - Na I. G. Farbenindustrie (Bayer) - G. Domagk: testava corantes e outros compostos químicos, quanto à ação em microrganismos e toxicidade em animais.
1935 - Vermelho Prontosil: inócuo para animais, protegendo camundongos contra estafilococos e estreptococos patogênicos. Neste mesmo ano, foi descoberto que o prontosil era clivado no organismo, originando a sulfanilamida como um dos produtos. Na realidade, a droga eficaz era a sulfanilamida.
1939 - Nobel para Domagk.
1896 - E. Duchesne: descobriu a penicilina, mas raramente tal pesquisador é citado, pois seus achados nunca foram devidamente publicados ou notificados, sendo esquecids durante vários anos.
A. Fleming: Busca de um tratamento eficaz para os feridos na 2ª Guerra Mundial. Foi o "segundo" descobridor da penicilina e tentou, sem sucesso, purificá-la em quantidades suficientes para ser utilizada como medicamento.
1939 - H. Florey & E. Chain - testavam atividade bactericida de várias substâncias (lisozima, sulfonamidas). Obtiveram a cultura de fungo isolada inicialmente por Fleming, passando a trabalhar na purificação da penicilina. Injetarama penicilina em camundongos infectados com estafilococos ou estreptococos e observaram que quase todos sobreviveram. (Trabalho publicado em 1940).
1945 - Nobel para Florey, Chain e Fleming
1944 - S. Waksman: descobrimento da estreptomicina (Streptomyces griseus), a partir do teste de cerca de 10.000 linhagens de bactérias e fungos do solo.
1952 - Nobel para Waksman.
Até 1953 - Isolamento de microrganismos produtores de cloranfenicol, neomicina, terramicina e tetraciclina.
A partir de 1953 - a indústria investiu centenas de milhares de dólares na busca de novas drogas antimicrobianas, sendo que tal linha de pesquisa perdura até hoje em todo o mundo, empregando diversos tipos de abordagens.
FONTE
No próximo post, veremos a situação atual dos antibióticos frente ao surgimento das temíveis superbactérias.
eu acho que o antibiotico nunca ira ter um fim, pois o seu uso e muito importante para fins da medicina. Deveria ser feito um planejamento da quantidade certa para o uso destes antibioticos para nao ser dada uma medida errada que pode ocasionar efeitos colaterais.
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